Informação X Conhecimento Autor: Matheus Arcaro (fonte no final do texto) Há algum tempo o jornal "O Estado de São Paulo" anda veiculando um comercial (ver aqui) no qual o argumento de venda é a distinção entre conhecimento e informação. A diferenciação, em si, é pertinente. No entanto, cabe um aprofundamento na questão. Para isso, recorro a um pensador do século XVII, John Locke. A teoria do conhecimento de Locke, exposta na obra "Ensaio sobre o Entendimento Humano" é empirista, ou seja, para ele todo conhecimento é, fundamentalmente, derivado da experiência sensível. O objetivo inicial da obra é, na verdade, político: expurgar o poder absolutista vigente na Inglaterra. O absolutismo era alicerçado no inatismo (que defendia que algumas idéias nasciam com os homens, gravadas na mente). Os soberanos, então, governavam por uma "concessão divina"; eram legítimos herdeiros daquele que criou o universo. "A mente humana é uma folha em branco, preenchida ao longo do tempo com a experiência", afirmava Locke. Nessa perspectiva, todos nascem iguais. Demonstrado que o conhecimento deriva da experiência, o absolutismo alicerçado no inatismo cai por terra. Entrando na questão do conhecimento propriamente dito: refutado o inatismo no início da obra, Locke vai mostrar como se dá o aprendizado, ou seja, como ocorre a passagem das impressões particulares para as idéias gerais e abstratas. São 5 passos... (clique aqui para continuar sua leitura...) |
Nenhum comentário:
Postar um comentário